Silvio Santos, um dos maiores ícones da comunicação brasileira, teve uma carreira notável na rádio antes de se tornar um gigante da televisão.
Nascido Senor Abravanel em 12 de dezembro de 1930, no Rio de Janeiro, seus pais eram imigrantes de origem judaica. Silvio era o mais velho de cinco irmãos.
Aos 14 anos, Silvio estudou contabilidade e trabalhou como camelô nas ruas do centro do Rio de Janeiro. Vendia canetas durante as eleições de 1946 e foi assim que começa a história do mestre.
Um dia, ao passar pela Rádio Guanabara, ele foi incentivado por um funcionário da rádio a fazer um teste para locutor.
Sua voz poderosa e cativante impressionou tanto que ele foi imediatamente contratado.
O primeiro contrato como locutor foi assinado em 1954. Logo em seguida, foi para a Rádio Nacional.
Silvio rapidamente se destacou pela sua habilidade de se conectar com o público.
Ele apresentava programas e, simultaneamente, começou a se envolver em anúncios publicitários, demonstrando um talento natural para a persuasão e o entretenimento.
O sucesso na rádio foi o trampolim que levou Silvio Santos a explorar novos horizontes. Na década de 1950, ele decidiu se aventurar na televisão, primeiro como apresentador de programas de auditório e depois como empresário.
Em 1962, lançou o "Programa Silvio Santos", que se tornaria um dos programas mais longínquos e populares da televisão brasileira.
Em 1981, fundou o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) e se consolidou como um dos maiores nomes da mídia no Brasil.
A experiência na rádio foi fundamental para moldar o estilo inconfundível de Silvio Santos, que se baseia na proximidade com o público, no carisma e na capacidade de improvisação.
Esses elementos, cultivados desde os tempos de locutor, foram essenciais para a sua transformação num dos mais queridos e respeitados comunicadores do Brasil.
Silvio Santos deixou um legado para nós, profissionais de rádio, da sua perseverança, competência e coragem.
Por Raquel Peixoto (comunicadora e estagiária)
Imagem: Wikimedia Commons
