Paulo Roberto de Souza Miklos, mais conhecido como Paulo Miklos, nasceu em 21 de janeiro de 1959, na cidade de São Paulo.

Multi-instrumentista, cantor, compositor e ator, Miklos se destacou como um dos integrantes mais icônicos da banda Titãs, grupo fundamental para o rock brasileiro.

Fundada em 1982, a banda Titãs reuniu amigos de colégio e faculdade para formar uma das bandas mais inovadoras e influentes do país.

Desde o início, Miklos contribuiu como vocalista, guitarrista e saxofonista, demonstrando sua versatilidade musical.

A banda misturava Rock, Punk, New Wave e elementos da música brasileira, conquistando um público fiel.

O álbum Cabeça Dinossauro (1986) consolidou os Titãs como uma força criativa no cenário musical, com letras ácidas e críticas sociais em faixas como Polícia e Bichos Escrotos.

Miklos assumiu os vocais principais em várias músicas marcantes do grupo, incluindo Diversão, Pra Dizer Adeus e Flores.

Outros álbuns, como Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas (1987) e Õ Blésq Blom (1989), ampliaram a experimentação sonora da banda e reforçaram seu sucesso comercial.

Além de sua carreira com os Titãs, Miklos desenvolveu projetos paralelos.

Em 1994, lançou seu primeiro álbum solo, homônimo, explorando influências mais pessoais.

Ao longo dos anos, também mergulhou na atuação, participando de filmes como O Invasor (2001), pelo qual recebeu prêmios, e fez séries na televisão.

Em 2016, Miklos anunciou sua saída dos Titãs após 34 anos, marcando o fim de uma era.

A decisão foi motivada pelo desejo de explorar novos horizontes criativos.

Em 2017, lançou o álbum solo A Gente Mora no Agora, destacando parcerias com artistas como Emicida e Erasmo Carlos.

O disco reflete temas pessoais e uma visão otimista sobre a vida.

Os Titãs, por sua vez, seguiram como banda, adaptando-se às mudanças ao longo dos anos.

Ambos, Miklos e os Titãs, deixaram um legado profundo no rock brasileiro, influenciando gerações de artistas e consolidando seu papel na história da música nacional.

A criatividade e a ousadia, tanto de Paulo Miklos quanto da banda, continuam a ser celebradas pelo público e pela crítica.

Texto: Raquel Peixoto (Locutora e Colaboradora)

Imagem: Wikipedia